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Insetos predadores viram ‘armas’ para controle de pragas em pomares e lavouras

Em meio aos desafios da agricultura moderna, uma inovação brasileira surge como uma verdadeira revolução no controle de pragas em pomares. A vespa Doryctobracon areolatus, nativa do Brasil, está se destacando como uma arma eficaz contra a mosca-da-fruta, representando uma alternativa promissora aos tradicionais pesticidas químicos. 

O pesquisador Dori Nava, da Embrapa Clima Temperado, destaca a importância do controle biológico, especialmente em culturas onde microrganismos não são suficientes. Ele ressalta que insetos predadores, como a Doryctobracon areolatus, têm o potencial de oferecer uma abordagem estratégica e eficaz.

Apesar dos benefícios, a produção em larga escala desses insetos predadores apresenta desafios logísticos e custos mais elevados em comparação com os microrganismos. Nava destaca que a mão de obra representa cerca de 70% dos custos totais de produção de insetos parasitários.

A startup Partamon, em colaboração com a Embrapa, desenvolveu um método para a criação em escala comercial do inseto, batizado comercialmente de Biolatus. O registro comercial como bioinsumo está disponível, abrindo espaço para empresas explorarem essa tecnologia inovadora.

Além de seu papel nos pomares, a mosca-da-fruta afeta culturas como o café, causando prejuízos anuais significativos estimados em R$180 milhões, de acordo com a CropLife. A vespa Tamarixia radiata também se destaca na cultura de citros, contribuindo para o controle do greening.

A utilização estratégica de insetos predadores representa um avanço significativo em direção à agricultura sustentável. A tecnologia desenvolvida pela Partamon não apenas oferece uma solução inovadora para os agricultores, mas também destaca o potencial de um futuro mais saudável e produtivo para nossas lavouras.

Assim, a vespa Doryctobracon areolatus emerge como uma verdadeira aliada na busca por métodos mais sustentáveis e eficazes no controle de pragas. Com o potencial de transformar a agricultura brasileira, essa inovação promissora sinaliza o caminho para uma produção agrícola mais equilibrada e resiliente.

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